Imagino
que você já esteja sabendo da Pixar Theory.
É uma teoria criada pelo jornalista Jon Negroni e postada no site dele, sabe aquelas várias
conexões e easter eggs presentes nos filmes da Pixar? Elas não seriam
aleatórias, mas apenas as peças mais explícitas e óbvias de um cenário muito
maior. O texto original, em inglês, tá aqui e recomendo muito a leitura.
A Teoria Pixar
Todos os
filmes da Pixar estão conectados.
Essa teoria cobre todas as produções da Pixar desde
Toy Story, incluindo: Vida de Inseto, Toy Story 2, Monstros S.A., Procurando
Nemo, Os Incríveis, Carros, Ratatouille, Wall-E, Up, Toy Story 3, Carros 2,
Valente e Universidade Monstros.
Cada filme está conectado aos demais e seu
desenrolar influencia todos os outros. Aqui vamos nós.
Valente é o primeiro e último filme da timeline.
Obviamente, esse filme sobre um reino Escocês durante a Idade Média apresenta o
cenário mais antigo apresentado em produções da Pixar, mas é o único que
explica o porquê de animais se comportarem como humanos de vez em quando nas
produções da Pixar.
Em Valente, a Merida descobre que existe uma
“mágica” que pode solucionar seus problemas, mas, sem querer, tornam sua mãe em
um urso. Descobrimos que essa mágica vem de um estranha bruxa aparentemente
ligada às misteriosas
chamas de fogo-fátuo presentes na produção. Nós não só vemos
animais se comportando como humanos , mas também vemos vassouras (objetos inanimados)
agindo como pessoas na casa da bruxa.
Também descobrimos que essa bruxa inexplicavelmente
desaparece toda vez que atravessa portas, nos fazendo acreditar que ela talvez
nem exista. Vamos com calma, já volto a Valente. Por enquanto, vamos deixar
registrado que a bruxa é alguém que conhecemos de um outro filme dessa
timeline.
Após séculos, os animais de Valente que passaram
por experimentos da bruxa se reproduziram, criando uma grande população de
animais de personalidade e inteligência própria.
Há duas linhas de evolução: uma de animais e outra
de inteligências artificiais. Os eventos dos filmes seguinte apresentam uma
luta de forças entre humanos, animais e máquinas. No que diz respeito a
animais, o desenrolar desse conflito é apresentado cronologicamente em
Ratatouille, Procurando Nemo e Up. Perceba que não menciono Vida de Inseto, mas
depois explico o motivo.
Em Ratatouille vemos animais experimentando essa
humanização em condições menores e controladas. Remy quer cozinhar, algo que
apenas humanos fazem. Ele cria uma relação com um pequeno grupo de humanos e se
dá bem. Enquanto isso, o vilão do filme, Chef Skinner, desaparece.
O que aconteceu com ele? O que ele fez com sua descoberta que animais são
capazes de transcender seus instintos e realizar tarefas de forma melhor que
humanos?

É possível que Charles Muntz,
o antagonista de Up, tenha ficado sabendo desse rumor e tido a ideia para suas
intenções que expusessem os pensamentos dos animais, como seus cães, pelos seus
colares de tradução. Esses colares mostraram pra Muntz que animais são mais
espertos e até parecidos com humanos do que pensávamos. Ele precisava dessa
tecnologia para achar a ave exótica pela qual ele era obcecado, ele até chega a
mencionar os vários cachorros que perdeu desde sua chegada na América do Sul.
Porém, após a morte de Muntz, Doug e os outros
experimentos dele ficam livres e não sabemos as implicâncias disso, mas sabemos
que é crescente a animosidade entre animais e humanos. Agora que os humanos
descobriram o potencial dos animais, eles começam a ousar. Para desenvolver
novas tecnologias, os humanos começam um revolução industrial mencionada em Up.
No começo de Up, o Carl é forçado a abandonar sua
casa para uma empresa pois a cidade está sendo expandida. Pense nisso. Qual
corporação é culpada por poluir a erra e terminar com a vida local em um futuro
distante por excessos tecnológicos?
Buy-n-Large (BNL), uma corporação que controla
aparentemente tudo quando chegamos a Wall-E. No comercial feito para o filme,
‘A História da BNL’, é dito que a empresa chegou a controlar até os governos.
Já deu pra entender que essa corporação alcançou domínio global?
O interessante é que essa mesma organização dá as
caras em Toy Story 3:
Em Procurando Nemo temos uma população inteira de
animais marítimos agindo em conjunto para salvar um peixe capturado por
humanos. A BNL volta a aparecer nesse universo em uma matéria sobre um belo
mundo aquático. Os mundos estão colidindo em Procurando Nemo. Os homens estão
se armando contra os animais inteligentes.
Pense em Dory por um instante. Ela é diferente da
maioria dos peixes. Por quê? Ela não é tão inteligente. O problema de memória é
conseqüência dela não ser tão avançada quanto as outras criaturas marinhas, o
que também é um explicação razoável para a velocidade da evolução desses seres.
A continuação de Procurando Nemo, focada na Dory,
deve provavelmente tratar desse tema e explicar mais. Também devemos ter mais
evidêncas do clima hostil entre humanos e animais.
E esse é o filme mais distante do ponto de vista
dos animais. Já sobre inteligência artificial, começamos com Os Incríveis. Quem
é o principal vilão do filme? Você provavelmente pensou no Buddy, o Síndrome,
que é quem basicamente comete o genocídio dos humanos com super-poderes.
Tem certeza que foi ele?
O Buddy não tinha poderes. Ele usava tecnologia
para se vingar da descrença do Sr. Incrível. Soa um pouco estranho que aquele
homem tenha chegado ao ponto de cometer genocídio.
E como ele mata todos os heróis? Ele cria um robô
assassino que registra os movimentos de todos os super-humanos e se adapta. Um
hora essa inteligência artificial se rebela do Síndrome, o que nos leva a
acreditar que ele estivesse sendo manipulado pelas máquinas o tempo todo para
que elas se livrassem das maiores ameaça da dominação robótica, os humanos
super-poderosos. O filme até apresenta clipes de heróis com capas sendo mortos
por obejtos inanimados, como turbinas de avião…acidentalmente.
Mas porquê as máquinas querem se livra dos humanos?
Sabemos que animais não gostam de humanos porque eles estão poluindo a Terra e
fazendo experiências com eles, mas qual o problema das máquinas?
Aí entra Toy Story. Vemos humanos usando e
descartando ‘objetos’ conscientes. Sim, os brinquedos amam seus donos, mas nas
sequências de Toy Story vemos os brinquedos perderem a paciência.
Mas como assim? Brinquedos não são necessariamente
máquinas, mas objetos inanimados. Então como eles são inteligentes? O Síndrome
dá a resposta. Ele diz ao Sr. Incrível que o combustível dos seus lasers vem
da Energia de Ponto Zero. A energia eletromagnética existente no
vácuo. É a energia invisível presente em comprimentos de onda e uma explicação
razoável para como brinquedos e outros objetos ganham vida no mundo da Pixar.
Os brinquedos se rebelam contra Sid no primeiro
filme. A Jesse é ressentida com sua dona, Emily, por ter sido abandonada. O
urso Lotso odeia humanos no terceiro filme. Os brinquedos não estão satisfeitos
com o status quo, dando um motivo para as máquinas eventualmente não demorarem
para ficar livre dos humanos mais poderosos.
Com os supers extintos, a humanidade está
vulnerável. Os animais têm a habilidade para tomarem controle do mundo, no
estilo de Planeta dos Macacos, mas não vemos isso acontecer.
Da mesma forma, não vemos as máquinas tomarem
controle. Por quê? Dá pra presumir que elas tomaram controle, mas não como
esperávamos. Elas usaram a BNL, uma corporação, para dominar o mundo.
Em cada um dos Toy Story é explícito que os objetos
com consciência confiam nos humanos para tudo. Para suas satisfações e até como
fonte de energia. É mostrado que os brinquedos perdem a vida quando guardados,
a não ser que estejam em um museu e sejam vistos por humanos.
Então as máquinas decidem controlar humanos usando
uma corporação que supre todos os seus interesses, levando a uma revolução
industrial que resulta em…poluição.
Quando os animais se revoltam contra humanos para
impedir a poluição da Terra, quem vai salvar os homens? As máquinas. Sabemos
que as máquinas vencerão essa guerra: quando ela chega ao fim, não há mais
animais na Terra. Quem sobra?
Pois as máquinas desequilibram a situação, a Terra
vira um lugar inabitável para humanos e animais, daí os humanos sobreviventes
são colocados na Axiom (ou Arca de Noé se você quiser seguir a temática bíblica
na qual Wall-E é o Robô Jesus e sua paixão é convenientemente chamada Eve) como
um último esforço para salvar a humanidade.
O único propósito dos humanos na Axiom é serem
servidos pelas máquinas. Elas tornaram os humanos seus dependentes para tudo
pois eram como as máquinas eram tratadas quando eram ‘brinquedos’. É tudo que
elas sabem fazer.
Enquanto isso, na Terra, as máquinas ficaram para
povoar o planeta e seguir com a vida, isso explica como tradições e construções
humanas continuam visíveis em Carros. Não há mais animais ou humanos nessa
versão da Terra pois todos deixaram de existir, apesar de sabermos que ainda
restaram muitas influências humanas. Em Carros 2, os automóveis precisam ir
para a Europa e Japão, deixando claro que trata-se do mesmo planeta que
conhecemos.
Então o que aconteceu com os carros? Até agora,
sabemos que os humanos são a fonte de energia das máquinas. Por isso elas nunca
se livraram deles. Em Wall-E é mostrado que a BNL pretende trazê-los de volta
assim que o planeta estiver limpo, mas não deu certo. As máquinas acabaram
morrendo na Terra, apesar de não sabermos como.
Sabemos que há uma crise de energia em Carros 2,
com petróleo sendo a principal fonte apesar de seus perigos. Descobrimos que a
corporação Allinol está usando ‘energia verde’ como um catalisador de
combustível para afastar os carros de formas alternativas de energia. Esse
combustível ‘limpo’ poderia ter sido utilizado para exterminar rapidamente
muito dos carros.
Aí retornamos a Wall-E.
Você já parou pra pensar por que Wall-E é a única
máquina na Terra? Sabemos que o filme começa 800 anós após os humanos deixarem
o planeta na Axiom, governada pelo Piloto Automático (outra inteligência
artificial).
Será que o fascínio de Wall-E pela cultura humana e
sua amizade com uma barata tenham o mantido focado e permitido a manutenção da
sua personalidade? Esse é o motivo dele ser especial e ter libertados os
humanos. Ele lembrava do tempo em quem máquinas e humanos viviam em paz,
alheios à poluição causado por ambos.
Depois que os humanos são libertados por Wall-E e
retomam a vida em sociedade na Terra, o que acontecer com eles? Nos créditos
finais de Wall-E vemos o sapato que continha a última planta do planeta. Ela
cresce e vira uma bela árvore. Uma árvore que lembra muito a árvore de Vida de
Inseto.
Isso aí. A razão de nenhum humano aparecer em Vida
de Inseto é por não ter muitos dele ainda. Sabemos que alguns insetos
sobreviveram pela existência da barata, eles teriam se multiplicado mais rápido
que os outros seres, apesar do filme ser distante o suficiente na timeline para
os pássaros também terem retornado.
Mas tem mais. Vida de Inseto destoa bastante quando
comparadas as várias retratações de animais. Ao contrário de Ratatouille, Up e
Procurando Nemo, os insetos têm muitas atividades humanas, algo que os ratos de
Ratatouille estão apenas experimentando. Os insetos tem cidades, cafés, sabem o
que é um bloody mary e até possuem um circo itinerante. Daí presumimos que o
filme é ambientado em um período diferente.
Outra coisa que diferencia Vida de Inseto dos
outros filmes da Pixar é o fato de ser o único, além de Carros e Carros 2, que
nem mesmo cita os humanos.
O que acontece? Humanidade, máquinas e animais
crescem e vivem em harmonia até o nascimento de uma nova super espécie.
Monstros. O mundo dos Monstros na verdade é a Terra em um futuro longínquo.
De onde eles vieram? É possível que os monstros
sejam apenas animais evoluídos modificados por causa da radiação da Terra ao
longo de 800 anos. [Não durante Wall-E. Acho que levou centenas de anos após
Wall-E para os animais se tornarem monstros] Outra possibilidade seria um
cruzamento entre animais e humanos para que eles sobrevivessem. Nojento, eu
sei, mas plausível se você levar em conta que os filmes da Pixar sempre deixam
em aberto as linhas que separam humanos e animais.
Por alguma razão, esses monstros parecem versões
modificadas dos animais, mas maiores e civilizados. Eles possuem cidades e
faculdades, como vemos em Universidade Monstros.
Em Monstros S.A. há uma crise de energia pois eles
estão em um futuro distante na Terra em que não há mais humanos. Humanos são a
fonte de energia, mas graças às máquina os Monstros encontram uma forma de usar
portas para viajar para o mundo dos homens. Mas não são dimensões diferentes.
Os monstros estão viajando para o passado. Eles
estão armazenando energia para evitar a própria extinção indo quando a
humanidade era mais proeminente. No limiar da civilização, se você preferir.
Apesar de muito tempo ter passado, os
monstros/animais nunca perderam suas animosidades em relação aos humanos. A
crença de que qualquer toque em um humano poderia destruir o mundo deles vem de
instintos passados. Por isso eles assustam humanos para armazenar energia até
descobrirem que risos (energia verde) é mais eficiente por ser naturalmente
mais positiva.
Até vemos uma conexão entre Vida de Inseto e
Monstros S.A. no trailer presente nos dois filmes. Como você pode ver, o
trailer é exatamente o mesmo, apesar do presente em Vida de Inseto ser
obviamente mais antigo e acabado, enquanto o de Monstros S.A. )no qual Randall
é enviado por uma porta) tem humanos e parece mais novo.
Olha a foto acima. N esquerda está o trailer de
Vida de Inseto e na direita o de Monstros S.A. O da esquerdar parece velho e
destruído. Até a vegetação é claramente mais seca e escassa. O trailer da
direita tem humanos e está cercado por grama alta e árvores.
Daí Monstros S.A. é o filme da Pixar ambientado em
um futuro mais distante. No final, humanos, animais e máquinas se entenderam e
finalmente encontraram uma forma de viver em harmonia.
E tem a Boo. O que você acha que aconteceu com ela?
Ela viu tudo acontecer em um futuro distante da Terra na qual o ‘gatinho’ era
capaz de falar. Ela ficou obcecada em descobrir o que acontecer com seu amigo
Sully e o motivo de animais não serem tão espertos quanto aqueles que ela
conheceu no futuro. Ela lembrava que eram as portas que a levavam ao Sully e
acaba virando…
A BRUXA.
Sim, Boo é a bruxa de Brave. Ela descobre cmo
viajar no tempo para encontrar Sully, e vai à fonte. As chamas de fogo-fátuo.
Ali começou tudo e, como uma bruxa, ela desenvolve essa mágica como um esforço
para encontrar o Sully usando portas que voltam e avançam no tempo.
Como sabemos disso? Em Valente dá pra ver
rapidamente um desenho na casa da bruxa. É o Sully.
Vemos até o caminhão da Pizza Planet em uma
escultura de madeira da bruxa, e isso só faz sentido se ela já tiver visto um…
(e tenho certeza que viu, pois o caminhão está presente em todos os filmes da
Pixar). Se você prestar atenção encontra o caminhão na imagem abaixo.
Você lembra da Merida abrindo as portas e a bruxa
constantemente desaparecendo? Elas são feitas da mesma forma das portas de
Monstros S.A. Elas transportam pelo tempo e esse é o motivo da Merida não
encontrar a bruxa.
A Boo chega a encontrar o Sully? Gosto de acreditar
que sim. Ele voltou a encontrar com ela pelo menos uma vez, no final de
Monstros S.A., mas ele acabaria tendo de encerrar as visitas.
No final das contas, o amor dela pelo Sully é o
cerne do universo Pixar. O amor de pessoas diferentes, de idades diferentes e
até de espéciais diferentes tentando encontrar formas de viver na Terra sem
destruí-la somente por luxos energéticos.
E essa é a Teoria Pixar.
Para Você leitor que gostaria de ver a matéria
original segue o link:
Lembrando que esta Teoria foi buscada em outros Blogs e sites, caso tenha algo para acrescentar pode mandar que eu atualizo.
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